O operador do PT no esquema que desviou R$ 52 milhões do Ministério do Planejamento, o ex-vereador Alexandre Romano, disse em depoimento à Polícia Federal (PF), que o ex-ministro da Secretaria de Comunicação do governo de Lula, Luiz Gushiken, foi quem abriu as portas do ministério quando lhe ofereceu a ele uma oportunidade de negócio.
Guschiken morreu em setembro de 2013. Alexandre Romano foi preso na 18ª fase da Operação Lava Jato e está detido desde o dia 13 de agosto na Superintendência da PF, em Curitiba.
Luiz Gushiken foi ministro da Secretaria de Comunicação do governo Luiz Inácio Lula da Silva Lula. Ele exerceu três mandatos de deputado federal pelo PT (1987-1990, 1991-1994 e 1995-1999)
Alexandre Romano relatou à PF que o ex-ministro de Lula propôs a ele fornecer para um sindicato de Previdência complementar um programa de computador que ajudasse a calcular quanto os servidores públicos podiam pegar em empréstimos consignados. Os dois fecharam o acordo s e o serviço passou a ser feito pela Consist Software em um convênio que atendia o Ministério do Planejamento.
Alexandre Romano, que é um ex-vereador do PT, declarou em depoimento que por ter intermediado o acordo, teria direito a 32% do faturamento da Consist. Confirmou ainda aos investigadores que decidiu, de maneira voluntária, doar parte do dinheiro que "ganhou" a Luiz Gushiken.
Romano afirma que o ex-ministro de Lula pediu para que ele entregasse a João Vaccari Neto, o tesoureiro do PT. Atualmente, Vaccari está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
O ex-tesoureiro do PT teria sugerido que Romano ajudasse financeiramente o Partido dos Trabalhadores (PT). Romano recebia recursos desviados do Planejamento desde 2010 até julho de 2015, numa clara demonstração de que o esquema de corrupção continuava à todo vapor, apesar da Operação Lava Jato.
@muylaerte
fonte: http://sintesenews.blogspot.com.br/2015/08/ministro-de-lula-organizou-esquema-de.html
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