terça-feira, 25 de agosto de 2015

Dilma parte para ofensiva tentando intimidar setores do PMDB e do PT que fazem "fogo amigo" contra ela por Jorge Serrão


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A conjuntura é aloprAnta. Rentistas ficam tensos. Bolsas despencam. Dólar sobe. Preços das commodities caem. Michel Temer se despede da coordenação política do governo - uma espécie de renúncia acovardada. Eduardo Cunha reagrupa suas tropas. Renan Calheiros, sob pressão, está pronto para voltar atrás, a qualquer momento, no apoio a Dilma, se não receber o que pediu. Collor se destempera e manda chumbo no Rodrigo Janot. Dilma Rousseff, no meio do tiroteio, começa a dar as pancadas dela, esperando pelo milagre da salvação.

O PTitanic aderna... Mas Dilma deu um golpe de mestra com a redução dos ministérios. Se isto for sério, baixar de 39 para 29, a Presidenta feriu de morte o fisiologismo do PMDB, pois vai mexer com o mensalão de muito parlamentar que cobra, por debaixo dos panos, uma comissãozinha sobre o salário do apadrinhado político... Outra surpreendente jogada inteligente da Dilma foi contrariar a área econômica e voltar atrás na decisão de parcelar o pagamento do 13o dos aposentados. Ficou decidido que será pago em parcela única, dia 24 de setembro.

Dilma também partiu para um sincericídio em entrevista, arrumadinha, aos jornais O Globo, Folha e Estadão: "Errei em ter demorado tanto para perceber que a situação era mais grave do que imaginávamos. Talvez, tivéssemos que ter começado a fazer uma inflexão antes. Não dava para saber ainda em agosto. Não tinha indício de uma coisa dessa envergadura. Talvez setembro, outubro, novembroO que é possível considerar é que poderia ter começado (a fazer) uma escadinha. Agora, eu nunca imaginaria, ninguém imaginaria que o preço do petróleo cairia de 105 dólares (o barril) em abril, para 102 dólares em agosto, para 43 dólares hoje. A crise começa em agosto, mas só vai ficar grave, grave mesmo, mesmo entre novembro e dezembro (de 2014). É quando todos os estados da Federação percebem que a arrecadação caiu".


Na parte mais engraçada da entrevista (pelo menos para a oposição), Dilma deu uma sinalizada de que, em breve, pode anunciar um inesperado rompimento com a petelândia. Vale reproduzir o trecho de uma pergunta feita por O Globo, se Dilma imaginava anteriormente que militantes ou pessoas ligadas ao PT estivessem envolvidas no escândalo da Petrobras. Dilma respondeu, rispidamente: "Não!".  Questionada se fora completamente surpreendida, confirmou: "Fui! E lamento profundamente! Posso falar uma coisa. Sou a favor de uma coisa que o Márcio Thomaz Bastos (ex-ministro da Justiça, morto ano passado) dizia. Não esperem que sejam as pessoas a fonte da virtude. Tem que ser as instituições. As instituições é que têm de ter mecanismo de controle. É muito difícil. Integra a corrupção o fato de ela ser escondida, clandestina e obscura".

Dilma se esquivou de falar do inimigo Eduardo Cunha e das acusações de corrupção imputadas a ele. Novamente, a Presidenta fez gracinha: "Prefiro não falar sobre pessoas. Eu estou budista. Hoje sou Dilminha paz e amor. Ninguém pode chegar à Presidência e olhar para processos de corrupção como uma coisa pessoal. Só pode olhar e ver que o país deu um passo e foi para frente. Agora, sou a favor, em qualquer circunstância, do direito de defesa. É isso que torna a democracia forte".

Dilma também fez outro jogo de cena ao falar de Michel Temer, que preferiu deixar parte difícil da coordenação política do governo (será que foi por causa da redução dos cargos, com redução de ministérios). Nem Dilma ousaria dar uma resposta tão sincera, mas fez salamaleques ao vice: "Temer tem sido de imensa lealdade comigo. Nós tivemos uma primeira fase da articulação política coordenada pelo Temer. Qual é o resultado dessa fase? Um sucesso. Conseguimos aprovar as medidas do reequilíbrio fiscal. E estabelecemos uma relação com o Congresso. A gente perde e a gente ganha no Congresso. Cada vez que a gente perde é uma crise? Não é".

Dilma prometeu, que, segunda-feira que vem, acaba com 10 ministérios e muitas secretarias. Sem dizer quais, jogou para a galera: "Tem ministério com número de secretarias que foram sendo ampliadas ao longo dos anos. Então, agora, vamos passar todos os ministérios a limpoTodo mundo é a favor. Todas as torcidas são a favor. Uma reforma dessas não se faz dentro do gabinete, sozinha. Minha meta não pode ser irracional".

Resumindo: Dilma tem a poderosa caneta do Diário Oficial, que faz e desfaz, nomeia e exonera. A Presidenta já sinalizou que pretende usá-la como uma varinha de condão para salvar seu segundo mandato - praticamente perdido, com o descontrole da crise e a explosão da impopularidade. Dilma já identificou que os maiores ataques que sofre não vêm da oposição, das da sua base aliada e do próprio PT. Por isso, ninguém se surpreenda se Dilma rodar a baiana e der uma espécie de "grito de independência".

O plano está em andamento. Como diria Leonel Brizola, ídolo dela, Dilma já está costeando o alambrado para sair da cerca do PMDB e do PT. Se vai conseguir, e recuperar a governabilidade, são outros quinhentos. Dilma indicou ontem que vai partir para o tudo ou nada. Ela sabe que tem muito mais a perder. Mas, se ficar inerte, perde mais ainda. Por isso, vai na ofensiva e, como sempre, tem o apoio da mídia amestrada às verbas e favores do Palácio do Planalto.

Assim, com Dilma na ofensiva, a guerra do fim dos imundos, de todos contra todos, ganha um relevante componente belicoso, que pode agravar a crise institucional, em vez de pacificar o ambiente da politicagem, pela via do tradicional conchavo. Todos vão para o pau. Quem puder mais vence a parada. Ao povo, e aos segmentos esclarecidos da sociedade, cabe seguir na pressão por mudanças. Elas virão, inevitavelmente. Quando, exatamente, é que não se sabe...

Tem culpa a China?


Collor x Janot

Não vai ser fácil a aprovação do nome de Rodrigo Janot para continuar como Procurador Geral da República, ao menos no que depender do senador alagoano Fernando Collor de Mello, denunciado por ele na Lava Jato, por acusação de receber propinas em contratos da BR Distribuidora.

Collor usou a tribuna do Senado para detonar Janot, a quem deseja criar embaraços na sabatina da Comissão de Constituição e Justiça:

"É esse tipo, sujeitinho a toa, de procurador-geral da Republica, da botoeira de Janot, que queremos entregar à sociedade brasileira? Possui ele a estabilidade emocional, a sobriedade que sempre lhe falta nas vespertinas reuniões que ele realiza na procuradoria? Possui ele a estabilidade emocional, repito, a sobriedade, o perfil democrático e mais do que isso, esta ele dotado da conduta moral que se exige para um cargo como esse? Não senhoras e senhores. Não me parece ser este o caso".

"A verdade é que infelizmente a equipe do senhor Janot pode às 5h40 da manhã, mesmo sem apresentar mandado judicial, pode arrombar um apartamento funcional e invadir a privacidade de qualquer senador. Hoje fui eu, amanhã pode ser qualquer um de nós. Até quando vamos permitir esse estado policialesco que a PGR pretende implantar?"

"Trata-se afinal de um fascista. Trata-se o senhor Rodrigo Janot de um fascista da pior extração e cuja linhagem pode ser refletida nas palavras de Plutarco: “Nada revela mais o caráter de um homem do que seu modo de se comportar quando detém um poder e uma autoridade sobre os outros: essas duas prerrogativas despertam toda paixão e revelam todo vício”.

Todos contra todos


Feito para você

Ganha adesões nas redes sociais a campanha Dilma para Presidente...

Do Banco Itaú, depois do apoio público que o banqueiro Roberto Setúbal deu a ela...

PTeta





Hoje é Dia do Soldado

"Audaces fortuna juvat".

A sorte ajuda os corajosos.

Parabéns a quem é Soldado todos os dias...

Escolha complicada do Ministro da Defesa





fonte: http://www.alertatotal.net/2015/08/dilma-parte-para-ofensiva-tentando.html

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