Virou baderna – Na última quinta-feira (3), a presidenteDilma Rousseff participou do quarto lançamento da candidatura de Gleisi Hoffmann (o PT acredita que a candidata há de pegar no tranco), ao governo do Paraná. Dilma foi a Curitiba usando avião da Força Aérea Brasileira que atende a Presidência e teve um helicóptero da FAB à sua disposição para deslocamentos. Apesar dos eventos em Curitiba serem exclusivamente da campanha petista, a conta da festa (aeronaves, tripulantes, combustível) foi bancada por todos os brasileiros.
Para disfarçar o flagrante uso da máquina pública em benefício dos interesses políticos do PT, a assessoria de comunicação da Presidência alegou que Dilma cumpria “agenda privada” na capital do Paraná. A presidente nasceu em Minas Gerais, morou no Rio Grande do Sul e não tem vínculo algum com o Paraná, estado onde Dilma não tem qualquer relação de amizade, exceto com a senadora petista Gleisi Hoffmann e com seu marido, o ministro Paulo Bernardo da Silva (Comunicações).
Pode ser classificada como bizarra a alegação de que a presidente Dilma foi a Curitiba cumprir “agenda particular” e aproveitou a coincidência para participar de um ato de campanha de Gleisi. A história é mais um daqueles deboches típicos do PT, que vem privatizando o governo e a máquina pública em favor dos interesses partidários desde que chegou ao poder em janeiro de 2003.
Na festa do quarto lançamento de Gleisi, Dilma deu outras demonstrações de cinismo. Em seu discurso, a presidente tentou desmentir a perseguição que seu governo move contra o Paraná. A petista disse que o Paraná recebeu R$ 47 bilhões desde 2003 (quando o PT chegou ao poder). Sem querer, a presidente confirmou as denúncias de perseguição contra o estado. Perseguição promovida por Gleisi enquanto chefe da Casa Civil e depois como senadora.
A discriminação pesada começou em 2011 (antes o estado era governado por um aliado do PT), quando o tucano Beto Richa assumiu o governo e Gleisi Hoffmann foi nomeada para a Casa Civil. Sobre os minguados recursos federais para o estado nesse período Dilma evita falar.
A perseguição contra o Paraná promovida por Gleisi e pelo PT ganhou atestado passado pelo Supremo Tribunal Federal. O STF emitiu três liminares determinando que o Proinveste (linha de crédito criada em 2012 e que todos estados exceto o Paraná, já haviam recebido) fosse pago imediatamente. Ainda assim, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, seguindo instruções de Gleisi, continuou procrastinando o pagamento que só foi liberado depois que o Paraná pediu ao Supremo a prisão do burocrata por crime de desobediência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário