Capítulo I -
A Conspiração
Com a prisão de José Dirceu, na segunda-feira 3 de agosto, a cúpula do PMDB decide colocar em marcha o plano de impeachment. Temer delega a Moreira Franco a tarefa de conversar com Aécio Neves e caciques tucanos o processo de impeachment. Eduardo Cunha propõe uma fórmula regimental que vira a pauta do jantar na casa de Tasso Jereissati na terça 4. Participam do encontro Aécio, Aloysio Nunes e José Serra; além de Moreira Franco, Renan Calheiros e Romero Jucá. Empolgado, Jucá fala até em “day after”. Firma-se um pacto para derrubar Dilma com a criação de um governo de união nacional em torno de Temer.
Capítulo II -
A Preparação
Na quarta 5, Michel Temer prepara o terreno junto à opinião pública. Depois de um dia intenso de conversas com ministros e parlamentares, vai à imprensa dizer que a situação é grave e faz um apelo público pela união do Congresso Nacional e demais setores da sociedade. No dia seguinte, Firjan e Fiesp se manifestam em apoio a Temer. A primeira derrota de Dilma, garantida por Cunha na chamada “pauta-bomba” na Câmara, fragiliza ainda mais a situação da petista. PDT e PTB anunciam o rompimento com o governo, abrindo caminho para a implosão da base aliada.
Capítulo III -
A Traição
Renan procura Dilma na quinta-feira e propõe salvá-la de novas derrotas legislativas e do impeachment. Trai a cúpula do PMDB e vaza o plano articulado com o PSDB. Eduardo Cunha e Temer ficam furiosos com a puxada de tapete e resolvem isolá-lo no partido. Renan busca apoio de Collor. Os dois alagoanos inventam a “Agenda Brasil”, um arrazoado de propostas sem consenso para distrair a mídia e dar fôlego ao governo.
Capítulo IV -
O recuo.
A dupla consegue o adiamento da votação das pedaladas no TCU. Com medo do impasse e do aprofundamento da crise, o empresariado e a grande mídia decidem recuar. Dilma recorre a Lula, que se reúne secretamente com Temer no aeroporto de Congonhas. De mãos atadas, Temer finge que não sabe de nada e reafirma seu compromisso com o PT. Lula pressiona por uma agenda pública que corrobore a aliança. A máquina do Estado é posta em marcha com o patrocínio de jantares, inaugurações e ações de movimentos sociais.
Capítulo V -
O protesto
O mais recente capítulo começa a ser escrito agora, após as manifestações populares de domingo pelo impeachment de Dilma e a prisão de Lula. Renan e Temer também viram alvo dos protestos. Sem outra opção, o PSDB pega carona e testa sua popularidade, mostrando-se novamente à opinião pública como caminho alternativo ao PT. As próximas páginas estão em branco.
fonte: http://www.oantagonista.com/posts/cronica-de-um-impeachment-capitulo-i
http://www.oantagonista.com/posts/cronica-de-um-impeachment-capitulo-ii
http://www.oantagonista.com/posts/cronica-de-um-impeachment-capitulo-iii
http://www.oantagonista.com/posts/cronica-de-um-impeachment-capitulo-iv
http://www.oantagonista.com/posts/cronica-de-um-impeachment-capitulo-v
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