O governo Dilma tem muito a agradecer à miopia dos brasileiros em não conseguir enxergar a verdade sobre o que realmente garante sustentação ao governo.Enquanto críticos, jornalistas e analistas se revesam em análises brilhantes sobre a crise política e econômica, a verdadeira origem dos problemas do país, e o que tem assegurado à presidente certa margem de segurança, passa despercebido: a política de juros.
Apesar da crise de governabilidade, da crise de credibilidade com as denúncias contra seu partido, da baixíssima popularidade e da dificuldade em garantir maioria no Congresso, muitos ainda estranham o fato de Dilma parecer tão segura e até mesmo arrogante diante das circunstâncias.
Poucos conseguem compreender que o que sustenta Dilma no poder é justamente a ingenuidade do povo. A presença de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda explica em parte o mistério que há por trás de tanta arrogância. Levy é uma imposição do sistema financeiro, a eminência parda que realmente garante a sustentabilidade do governo.
O papel de Levy (na verdade, sua única preocupação) é assegurar que o governo tenha recursos suficientes para honrar seus "compromissos" com o mercado financeiro, doa a quem doer. Até aqui, nada demais. O problema está na lógica (ou na ausência de lógica) que rege as taxas de juros no Brasil, mas que faz a alegria dos banqueiros.
Enquanto o Banco Central manipula as taxas de juros à bel prazer, sem precisar apontar critérios que justifiquem o aumento em momentos em que deveria haver queda, Joaquim Levy, o emissário do Bradesco e de outros bancos plantado no governo, apresenta o bloqueio total de quase R$ 70 bilhões feito no orçamento de 2015, com cortes na educação, saúde e outros serviços essenciais, visando garantir o quinhão dos patrões, os bancos.
A dívida pública é uma caixa preta que consome quase metade do orçamento da União apenas com juros e amortizações. Quase R$ 1 trilhão. Apesar deste volume monstruoso, o governo ainda quer assegurar mais para os banqueiros e menos para o povo, com os cortes que Dilma promoveu.
Governo Dilma se consolida como o mais cruel da história na questão dos juros
O termômetro do governo é o comportamento bovino da população diante das taxas de juros extorsivas no cartão de crédito (360%), no cheque especial (240%), além dos aumentos dos combustíveis(70%), da energia (140%) e os cortes nos investimentos em saúde (R$ 8.7 bilhões) e educação (R$ 9.9 bilhões) com Pátria Educadora e tudo!. Sem contar o corte dos direitos trabalhistas, os cortes nos programas sociais, investimento zero em reforma agrária e meio ambiente. Tudo para garantir a alegria do sistema financeiro e assegurar a governabilidade.
O segredo é simples: Dilma se mantém arrogante perante a nação, apesar da baixíssima popularidade e do péssimo governo para o povo, graças ao suporte assegurado pelas famílias mais bilionárias do país, que se tornam a cada dia mais ricas! Desta forma, a presidente consegue manter a harmonia perfeita entre dinheiro e poder. Dois elementos inseparáveis.
A falência de várias empresas, a demissão de milhares de pessoas e a queda na qualidade de vida dos brasileiros são fatores insignificantes diante dos bilhões que estão em jogo. São infortúnios meramente colaterais que não afetam nem os bancos nem o governo. Dilma não cortou nenhum dos 39 ministérios.
Em breve, continuação deste artigo com dados sobre inchaço da dívida pública com o swap cambial.
@muylaerte
fonte: http://sintesenews.blogspot.com.br/2015/07/o-golpe-de-meste-do-governo-dilma-para.html
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